Muitos candidatos escolhem os partidos sem nem mesmo conhecer os seus valores e as bandeiras de lutas.
2011-02-14 08:24

As eleições se aproximam e cada vez mais vemos os pré-candidatos a vereadores se movimentarem para encontrar uma legenda que lhes dê a melhor condição de se eleger. Assim é possível ver que muitos deles descartam primeiramente os partidos onde já existam políticos de mandato e que tentará a reeleição, logo depois descartam os partidos onde há uma grande quantidade de pré-candidatos fortes. Isso realmente faz parte de uma boa estratégia para tentar chegar o mais perto possível de uma vitória, ou até mesmo conquistá-la. Essa é uma bastante comum não só na Cidade do Paulista como em todas as cidades do Brasil.
Mas será que existe um problema a ser observado pelo eleitor neste modo de se fazer política? Quem já teve oportunidade de conhecer alguns partidos políticos já devem ter notado que todos eles se apóiam em estatutos e regimentos, que ditam os seus valores éticos, morais e, sobretudo as suas principais bandeiras de luta. Será que os pré-candidatos se interessam ou se preocupam com essas questões na hora de escolher os seus partidos? Será que eles se preocupam em conhecer o estatuto e o modo de funcionamento deles?
É muito raro encontrarmos candidatos, principalmente no legislativo, que tenha uma identificação e uma atuação moldada dos parâmetros éticos partidários, o que mais vale, para muitos, é a possibilidade de chegar ao poder da forma mais fácil, sem nem conhecer a história de seu partido. Esse é um dos grandes fatores para a perda de credibilidade que os partidos vêm sofrendo. Hoje não cabe mais as expressões “Direita e Esquerda”, o mais próximo que podemos chegar conceitualmente é “Situação e Oposição”. Logo com esse emaranhado de articulações e conchavos feitos pelo Brasil a fora, fica difícil para o cidadão a escolha de um partido que faça se identificar ideologicamente, restando ao mesmo uma identificação personificada com o político mais próximo, independente do seu partido.
Essa é uma dura realidade que se revela mais profundamente nas eleições municipais, onde o político está mais “próximo” do povo e a sua impressão é a que fica. Dessa forma não importa se o partido é de esquerda, direita, centro, comunista, socialista, anarquista, fascista e etc. Para muitos políticos a única coisa que importa é o voto!
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